quinta-feira, 2 de maio de 2013

Mês de Maio: Mês dos Pretos Velhos. Adorei as Almas!!!

Boa tarde irmãos de Fé e amigos.

Nesse mães de Maio, no dia 13, comemoramos uma das entidades que são os Pilares da nossa Umbanda: nossos vovôs e vovós.
Os pretos-velhos, são entidades da linha das almas, regida por Obaluaê, Omulú e Nanã Buruque. Esses espíritos vestem roupagem fluidica de negros escravos, já com idade avançada, nos mostrando a nossa ancestralidade, a sabedoria anciã. A humildade, resignação e o amor ao próximo.
São excelentes em seus conselhos, sendo considerados por alguns como os"psicologos" da Umbanda.
Trabalhadores abnegados, amorosos, curandeiros habilidosos e mandinguiros poderosos.
Nos ensina que podemos alcançar a evolução espiritual através do sofrimento, transformando esse mesmo sofrimento em força e ensinamentos.
A data foi escolhida por ser a mesma da Abolição da Escravatura.
Os pretos velhos foi uma das primeiras entidades a incorporar nos terreiros de Umbanda, junto aos caboclos e os Erês (crianças). 
Há uma infinidade de vovôs e vovós trabalhadores que com seu jeito simples e fala mansa, agrega conhecimento magistico e evolutivo, tanto aos consulentes, quanto aos médiuns.
Suas cores de velas e guias são branca e preta. Suas flores sção diversas: rosas, dálias, cravos, palmas margaridas, crisantemos. e de diversas cores. Tem seu ponto de força nos cruzeiros das almas, porém depende de entidade para entidade. Fuma cachimbo, charutos, cigarros de palha, fumo de rolo, alguns mascam fumo. Entre as bebidas as mais tradicionais são o café puro sem açucar e o vinho tinto (sangue de Cristo), porém alguns apreciam o Marafo (cachaça).
Suas oferendas e comidas. Feijoada completa, bolo de fubá, galinhada, angú, giló, café, vinho tinto.
O dia dedicado a essas entidades é a segunda-feira, dia das almas. Ervas são diversas.
Sua saudação é Adorei as Almas!
Suas falanges mais conhecidas: Angola, Congo, Cambinda, Aruanda, Almas, Guiné, Conga, Caridade, Nagô entre outros...
No dia 11/05 a TUPJC irá fazer uma homenagem aos nossos vovôs e vovós com muito amor, com a tradicional feijoada do Pai João da Caridade.  Serão todos muito bem vindos a participar dessa comemoração.


"Filho de Umbanda não pode bambear
Se ele tomba no caminho, preto velho vai buscar..."

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Mês de Abril: Mês de Ogum. Ogum nhê!


Ogum Sincretismo São Jorge



Ele é o Guerreiro Indomável e imbatível defensor da lei e da ordem. Defende os fracos e os que estão em demanda.

Foi Ogum quem ensinou aos homens trabalho com ferro e aço.
 Seus instrumentos, além da espada são: alavanca, machado, pá, enxada, faca, a lança etc.
No sincretismo Ogum é associado à São Jorge, seu dia é 23 de Abril.  Na Umbanda sua cor é o vermelho puro, ou o vermelho e branco, sempre juntos.
O dia da semana dedicado a esse Orixá é a terça-feira.
Ogum também é considerado o Senhor dos Caminhos.
 Ele protege as pessoas em locais perigosos, dominando a rua com o auxílio de Exu, seu irmão e Rei das Encruzilhadas e dos cemitérios.  
   
Existem qualidades de Ogum, ou Falangeiros como os chamamos, que vêm a ser a energia de Ogum, mesclada a energia de outro Orixá.
Segue a baixo algumas das mais conhecidas na Umbanda.

Ogum Megê – Cores: vermelho, branco e preto. (Trabalha em harmonia com Omulú, na entrada da calunga pequena - cemitério).  
   
Ogum Rompe Mato – Cores: Vermelho e verde. (Trabalha em harmonia com Oxosse, na entrada da Mata. Podendo ser cultuado tanto na terça-feira, dia  da semana dedicado à Ogum, quanto na quinta-feira, dia da semana dedicado à Oxosse).    
  
Ogum Beira-Mar – Cor: Coral. (Trabalha na orla marítima em harmonia com Iemanjá e Iansã)  
  
Ogum Iara – Cor: Azul claro e vermelho. (Trabalha na cachoeira e rios em harmonia com Oxum)  
Ogum de Lei – Cores: Vinho e branco. (Trabalha com as Almas em harmonia com Xangô, Omulú, Oxum e Ogum Iara)
OBS.: Os demais Oguns encontrados mais raramente dentro dos terreiros de Umbanda são desdobramentos destes principais Chefes de Linha, exemplo: Ogum Sete Ondas (desdobramento de Ogum Beira-Mar).
Outros falangeiros de Ogum a conhecer: Ogum Naruê, Ogum Marinho, Ogum Matinada, Ogum Sete Espadas, etc.
Seus pontos de força para suas oferendas são os caminhos em geral. Estradas de terra, linhas férreas, também aceitando suas oferendas na praia.

Suas oferendas são:
Feijoada com feijão preto (na nossa casa, não fazemos a feijoada completa, pois essa dedicamos aos Pretos-Velhos. Para Ogum fazemos feijão preto com leite de coco e carne seca), inhame, carnes vermelhas, cerveja branca, velas branca e vermelha.
Ervas mais comuns utilizadas: espada de Ogum, crista de galo, cravos e palmas vermelhas.

Ogum Pai de nossos caminhos protetor nas piores lutas
 Sua saudação é: “Ogunhê meu Pai!”

Esse Santo Orixá que tanto nos protege gosta de suas entregas em lugares limpos, pois todas as energias boas estão em lugares limpos.
Ao fazer suas entregas na natureza a esse maravilhoso Orixá, como a todos os outros, é importante, não deixar no local da entrega, alguidas, copos, latas, garrafas.
Você pode fazer uma oferenda com consciência ecológica.
Como por exemplo, utilizar folhas de bananeiras como recipiente para a comida. Pode-se pegar um inhame cru e dele fazer um copo e servir à Ogum sua cerveja branca.
Assim mostraremos a ele, não só a nossa fé e respeito, mas também respeito com seu local sagrado. Mantendo nossa cidade limpa, sem agredir o meio ambiente.

Reflita:

Latas de alumínio nunca desaparecem da natureza. Vidros levam mais ou menos
4000 anos.
Uma garrafa de vidro na beira de uma estrada, onde se tenha capim ou mato, se o dia estiver seco e quente, poderá causar um incêndio. Seja consciente. Além disso, um vidro quebrado pode causar um acidente, tanto em pessoas, quanto em animais.
Então avante guerreiros, vamos nos conscientizar e juntos lutar, com nosso Pai Ogum, para protegermos a Nossa Mãe Natureza e a nós mesmos.
 
Pense nisso!


A TUPJC, fará sua homenagem ao Pai Ogum dia 27 de Abril, as 20 horas com entrada até as 21 horas. 
Estão todos convidados a prestigiar e receber o Axé desde belo Orixá que é um dos mais cultuados no Brasil.
Sejam todos bem vindos.  

sábado, 16 de março de 2013

Gira de Caboclos e Boiadeiros

Boa noite!
Amanhã, sábado 16/03/2013, se realizará a gira de Caboclos e Boiadeiros. Com passes e consultas. A gira começa  as 20 horas com entrada até as 21:30horas.
Lembrem -se não é permitida a entrada com roupas curtas, transparentes, decotadas, homens sem camisa. 

Aceitamos doações de  charutos, velas brancas e coloridas, flores, carvão, perfume de alfazema, defumação, cigarros de palha e comum, bebidas (pinga, vinho, etc), mel, dendê,milho de pipoca,milho de canjica branco. entre outros materiais que servem  para os trabalhos e atendimento dos guias de um modo geral.
Não cobramos nenhum tipo de consulta ou trabalho, porém se puderem, pedimos a colaboração de doações, principalmente de velas, que é o material mais utilizado na casa. Não é obrigatório.
Dia 30/03/2013, haverá a Festa dos Malandros em homenagem a Sr Zé Pelintra e toda a Malandragem. Contamos também com a colaboração de todos, filhos e assistencia, para a realização dessa linda homenagem. Dúvida, entre em contato com 13 3464-0149 (falar com Maria ou Benedito) ou 13 9772-5815 (falar com Janaina).
Agradecemos a colaboração de todos.


Janaína de Souza


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Mês de Março Festa dos Malandros. Salve seu Zé!

Olá caros irmãos de fé, amigos e leitores.

A TUPJC desde o ano passado incluiu em seu calendério, na última gira do mês de Março, uma festa em homenagem aos Malandros, a  pedido de Seu Zé Malandro para homenagear Seu Zé Pelintra.


Os malandros de Umbanda são espiritos  que em vida sofreram algum tipo de preconceito exclusão, foram marginalizado e tidos como párias da sociedade, e nem por isso perderam a sua Fé, sua identidade e nem o bom humor. Tendo assim algum nível de evolução espiritual. Sendo a eles permitdido após o desencarne, a baixar nos terreiros, trazendo a Luz Divina do Astral e assim continuando sua evolução.
Eles nos ensinam também a lidar com o preconceito, com a exclusão, nos faz refletir sobre esses temas, ainda hoje tão presentes em nosso dia- a -dia. Eles nos mostram a flexibilidada, a adaptação a determinadas situaçãoes. Nos ensina a ter jogo de cintura e bom humor, mesmo nas adversidades. E também a manter a fé mesmo nos momentos mais difíceis da vida. Pois de alguma forma, em algum momento de suas vidas terrenas, eles vivenciaram tudo isso e hoje podem nos auxiliar.

Os Malandros nos ensinam: ●que a vida é feita de experiências e toda experiência visa a nos ensinar algo de positivo; ●que não há obstáculos insuperáveis, pois isso nos condenaria à destruição, o que é inconcebível porque não há “morte” em nenhum ponto do Universo e sim, transformações que promovem renovação e evolução constantes; ●que é preciso confiar nas Leis da Vida e manter a alegria e o bom humor, para estar em sintonia com faixas vibratórias positivas e atrair a cura espiritual, emocional, mental e física, pois todo filho de Deus é um co-criador.
A grande “malandragem” que eles nos ensinam é como sermos flexíveis, nos desapegando e abrindo mão de idéias antigas, para nos renovarmos a cada dia; encarar a vida com leveza, sem guardar rancores e levar tudo para o campo pessoal; não perder o humor e estragar um dia por causa de um obstáculo, por maior que pareça; aprender com os próprios erros, para não repeti-los, pois quem anda atento na vida não vive caindo em buraco...
 

No aspecto social, a Linha dos Malandros simboliza a inclusão de negros, mulatos e mestiços que viviam marginalizados em nossa sociedade desde o período pós-abolição. Claro que os Espíritos que tiveram uma encarnação assim, como excluídos, continuaram evoluindo e não precisam ser “incluídos em nosso meio social”. Nós é que precisamos refletir sobre as exclusões que já aconteceram e ainda acontecem por aqui, baseadas em preconceitos, para não repeti-las. E só alcançaremos isso a partir de uma conduta fraterna e de respeito integral ao “outro”. Por outro lado, a presença desses Espíritos nos Terreiros de Umbanda, acolhendo a todos com sua alegria e suas magias, é um braço de atração dos mais humildes, que se identificam com essa maneira despojada de ser, despertam a autoconfiança e podem melhor se expressar e progredir. Existiria melhor exemplo de “aprender com os erros”?

Quanto à questão social, vale lembrar que a “abolição” da escravatura não pôs fim ao preconceito racial. Historicamente, continuou existindo em nosso país um preconceito velado em relação aos homens e mulheres de pele negra, aos mulatos e aos mestiços.
 
Quando se fala em “malandro”, na linguagem cotidiana, a primeira idéia que nos ocorre é a do boêmio, do jogador inveterado de cartas ou de dados, do amante da noite, da música e das rodas de danças, que vivia de expedientes, carregava navalha ou faca e fugia da polícia.

O “malandro” carioca faz lembrar aquele que vivia na Lapa, que gostava de samba e passava as noites na gafieira, chegando a ser personagem de peças teatrais, de músicas e de muitas histórias. Já o “malandro” de Pernambuco vivia nas danças do côco e do xaxado, passando as noites no forró. O que eles têm em comum? Eram todos marginalizados pela sociedade, vistos como “gente à toa”. Porém, sobreviveram a esse clima adverso, vivendo sem acesso a uma boa instrução ou a bons empregos; nem sempre conseguiram, senão com muita dificuldade, dar alguma instrução aos filhos. Nem por isso perderam a alegria, o gosto pela música e pela dança, pelo carteado, pela conversa noite adentro, de alguma forma conseguindo manter suas raízes religiosas e tradições ancestrais, dando “um jeitinho” de ser felizes.

Por trás dos arquétipos da Umbanda, vamos encontrar, no mais das vezes, a Mão da Espiritualidade Superior a corrigir grandes equívocos e injustiças sociais e a nos fazer refletir, enquanto nos auxilia nos problemas do cotidiano. E hoje temos, na presença da Linha de Malandros, uma excelente oportunidade de refletir sobre algumas questões, em especial: primeiro, que nem tudo que parece ruim de fato o é; e segundo, que de tudo se pode extrair algo de bom e de positivo. Do que poderia ter sido uma experiência de todo ruim, esses Espíritos extraíram uma lição de flexibilidade. E aquilo que para uma sociedade hipócrita parecia ser neles um mal era, muito ao contrário, a prova de valor de um povo que manteve fidelidade às suas raízes e não se deixou vencer pelo meio hostil.

Os Malandros vêm até nós, pelas Mãos do Alto, para nos ensinar “a boa malandragem”: fazer limonada com os limões azedos que recebemos dos outros; escorregar e levantar rapidinho, sem perder a compostura e a elegância, e já sair dançando e cantando; aprender jogar “o jogo da vida” e ser um bom parceiro de jogo, aprendendo a rir das tristezas e de si mesmo; assumir ser o que se é, sem hipocrisias, e fazer todo o Bem que se possa; não se prender a padrões e valores externos, mas ficar centrado em si mesmo e na sua Fé, sem nunca desacreditar da Vida Maior, cujo amparo permeia todos os nossos caminhos diários.

Pensar que os Malandros podem nos ensinar tudo isso brincando, de um jeito tão despojado, é o bastante para se quebrar velho ditado que dizia: ”de onde não se espera é que não sai nada”. Porque as aparências enganam!...
 


Uma figura bastante conhecida dentro desta Linha é Seu Zé Pelintra.

Seu Zé, como é conhecido popularmente, é uma Entidade peculiar, pois tanto se manifesta na Direita quanto na Esquerda. Na Direita, ele vem como Malandro mesmo, ou como Baiano, ou ainda como Preto Velho quimbandeiro (isto é, voltado para o corte de magias negativas). E pode vir na Esquerda, como Exu. Por que será? Ora, uma das grandes características dos Malandros não é a flexibilidade? Pois então... Seja como for, ele é um Guia a serviço da Luz.

Já no Catimbó, Zé Pelintra é “doutor”, é um curador, é um Mestre da Jurema bastante respeitado.  Na Jurema, Seu Zé Pelintra não tem a conotação de Exu, a não ser quando a reunião é de Esquerda, porque os Mestres da Jurema têm essa capacidade de pode vir tanto na Direita quanto na Esquerda. Na Esquerda, os Mestres vêm para cortar o mal.

No Catimbó, Seu Zé usa bengala (que pode ser qualquer cajado), cachimbo e faz uso ritualístico da cachaça. Dança côco, baião e xaxado e abençoa a todos, que o abraçam e o chamam de padrinho.

Porém, não podemos nos esquecer de que dentro da Linha dos Malandros, como nas demais Linhas de Trabalho da Umbanda, estão agrupados espíritos que tiveram encarnações diferentes entre si. O ponto central é sabermos que esses Espíritos não estão presos a seus antigos nomes e sim, que foram agrupados a partir de suas afinidades vibratórias e evolutivas e de suas especialidades (campos de atuação).

Os pontos de força dos Malandros, são distintos dependendo de sua linha de atuação: Subida de morros, ladeiras, encruzilhadas e até cemitérios, coqueiros, esquinas...
Para oferendá-los, costumam-se dar-lhes: cigarros, cerveja, charuto, cachaça, catuaba, jurubeba, coco verde, rapadura, comidas de buteco em geral coisas da bohemia.Rosas e cravos..
Suas cores podem ser diversas, mas mais comunmente utilizam o vermelho e o branco, ou o preto e o branco.

A Malandragem sempre tem um conselho bem humorado, com palavreado faceiro, e certeiro em seus objetivos. Gotam de  dança, música, cerveja e alegria. Trabalham para solucionar diversos tipos de problemas.Principalmente de roupos, enganações, negócios enrolados, casos comerciais.

Essa falange tão bonita é chefiada pelo Mestre Zé Pelintra. Tão conhecido nos terreiros e amado por muitos. Protetor daqueles que andam por  caminhos da noite da bohêmia e da malandragem num bom sentido. Protetor dos comércios, pra evitar roubos.
Diz a história que Zé Pelintra é afilhado de Ogum, anda sempre de terno de linho branco, gravata vermelha, chapéu branco com uma fita vermelha. Negro charmoso e mulherengo,bom no carteado e na navalha (com ela corta o mal e seus inimigos). Muitas lendas e histórias giram em torno de seu Zé, sejam elas veridícas, mitos ou histórias espírituais. Zé Pelintra tornou-se o icone e o chefe dos malandros na Umbanda.

Nossa festa acontecerá dia 31 de Março as 20 horas, com entrada até as 21:30 horas. Sejam todos muito bem vindos, a receber o Axé dessas entidades tão fortes e encantadoras.


Informaçoes e texto: www.seteportais.org.br e adaptado por Janaína de Souza.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Pomba-Gira Sandália de Prata

A Pomba Gira Sandália de Prata, não é muito conhecida, e baixa em poucos terreiros.
Nos meus estudos da sobre ela, descobri que é uma entidade de uma linha muito antiga. E médiuns mais antigos de umbanda e candomblé à conhecem.
A Sandália de Prata, que eu incorporo, trabalha na linha de Iemanjá. Atua em casos de amor, família e sexualidade. Protetora de todas as mulheres que são maltratadas por seus companheiros. É uma bela mulher, com seus cabelos cor de mel e olhos claros. Muito alegre e age de acordo com o merecimento de cada um.
Procurando pela internet, não achei nada sobre ela. Pois fui direto a fonte, e ela mesma me contou sua hitória e permitiu que eu à publicasse. Então vamos lá, uma bela história dessa mulher maravilhosa.

Maria Rosa, nasceu num vilarejo próximo a Olivenza, entre Portugal e Espanha, no final do Séc XVII. Nessa época a região pertência à Portugal, hoje pertence a Espanha.
De família abastada, seu pai, um grande negociante da região possuia influências na corte portuguesa.
Era uma moça de seus catorze anos muito bonita e alegre. Vaidosa, chamava a atenção por onde passava, com seus cabelos cor de mel e seus belos olhos verdes.
Seu pai sempre ávido pelos negócios, tratou logo de casá-la com um homem, dono de grandes propriedades na região e também muito inflêente na corte pertuguesa: um Barão.
A contra gosto e apoiada pela mãe Maria Rosa se casou, obrigada pelo pai.
Foi morar numa bela propriedade em Olivenza com seu marido, aparentemente não lhe faltava nada, criados, belas roupas, jóias, os mais fartos banquetes. Porém não passou muito tempo, o marido se revelou um homem ciumento e violento. E Maria Rosa, sofria com agressões físicas. O marido mandava segui-la, desconfiava que tinha amantes, chegou a trancá-la em casa por quase um mês, depois de tê-la agredido e violentado. Porém, ela não possuia amantes, era católica fervorosa e seguia todos os preceitos de uma boa esposa. 
Possou-se quatro anos e meio, seu pai havia falecido. Sua mãe adoeceu e Maria não tinha pra onde fugir. Dentro dela cresceu uma revolta imensa, um ódio impensado do pai por tê-la forçado a casar-se tão nova e com um homem que não amava. E pelo marido ainda maior ódio tinha.
Resolveu então fugir, após descobrir que o marido mantinha outra casa, com mulher e filhos. Levou consigo uma grande quantia de dinheiro, jóias e duas mudas de roupa. Foi para Lisboa.
Lá gosou da grande influência do nome da família, e logo tornou-se uma notável, por sua beleza e inteligência. 
Seu esposo não se sabe porque não mais a procurou. Mais tarde ela ficou sabendo que ele havia falecido. Como não tinham filhos, ela deixou parte da herança do marido, para a outra mulher.
Logo, Maria estava nas altas rodas da sociedade, da coroa portuguesa.
Comprou para si um belo palacete, com sua fortuna deixada por seus pais e marido.
Deixou de ser a carola de igreja que sempre fora e tornou-se uma mulher ousada para sua época.  
Recebia vários convites de casamento mas recusava todos. Dizia que jamais se casaria de novo, que não era égua para homem colocar-lhe arreios.
Possuia amantes, mas só quem ela queria, ela escolhia e nunca era escolhida. Recebia muitos presentes caros e joias.
Um dia conheceu um homem muito rico, que por ela se apaixonou. Tiveram um relacionamento rápido, porém, ele insistia em casar-se com Maria Rosa, que sempra recusava. 
Certo dia ele lhe deu uma sandália toda de prata e pedrarias. Que mandou fazer na Grécia especialmente para ela. Era linda. Presente digno de uma rainha.
Ela aceitou de bom grado. Tiveram mais uma bela noite de amor. Pois ela se sentia atraída por ele, e sempre se entregava ao desejo, sem pudores. No dia seguinte ela o dispensou. O homem foi embora contrariado, e disse que voltaria e ela seria dele e de mais ninguém.
Porém Maria Rosa, tinha um amor, um homem que conquistou seu coração, mesmo assim ela não cedia, e por mais que amasse esse homem, não abiria mão de sua liberdade, não confiaria.
Um dia, Maria Rosa estava nos braços de seu amor, na cama e o outro homem, o que lhe deu a sandália de prata, entrou em seu quarto. Foi com violência pra cima de seu amor. Maria Rosa entrou na frente e tomou uma bofetada. O homem que lhe deu a sandália, estava com uma espada e ameaçava a vida de seu amor. Ela não sabe dizer se foi a íra que sentiu pela bofetada, ou se foi pra defender o seu amor. Maria Rosa, pegou sua adaga na gaveta do criado mudo, e deu várias estocadas no homem. Que morreu em seus braços.
O seu grande amor, na mesma hora se vestiu e fugiu, pois sabia, da importância do outro homem, e o que a morte dele poderia acarretar. Maria Rosa apavorada, lavou-se, vestiu-se e fugiu, somente com sua sandália de prata, e arrependida do que fez. De Lisboa, tomou um navio, clandestinamente, para o Brasil. 
Dentro do navio, foi descoberta por um marujo, que a ajudou, lhe deu comida, água. E à ele, ela contou sua história. Quando ele perguntou por que ela levava somente aquela sandália de prata. Ela respondeu que era para lembrá-la da culpa por ter matado um homem, que a amou e pra lembrá-la que quem ela amou,  nunca a amou e a abandonou no momento em que mais precisava.
Aportando no Brasil, o Marujo, a acomodou como pôde e lhe deu alguns trocados. Falou que se vendesse aquela sandália, teria muito dinheiro. Ela disse que jamais faria uma coisa dessas, com sua herança e desgraça.
Muitos tentaram roubar-lhe a Sandália. Mas ela a defendia, feria aqueles que tenavam e até matou alguns. 
E nas suas andanças, pela então colônia de Portugal, deparou-se com um acampamento cigano. Onde foi acolhida e ali ficou algum tempo. Aprendeu algumas artes ciganas, alguns costumes e ficou conhecida como Sandália de Prata. 
Porém foi num quilombo entre os negros, que Maria Rosa da Sandália de Prata se encontrou. No meio daquela gente, tão sofrida, mas alegre, tão guerreira. Gente de sabedoria e fé tão peculiares. Lá ela aprendeu os costumes, a fé, dos negros. Era a única branca, no meio daquele povo. E ela brigou por esse povo, como se fossem do seu próprio sangue e os defendeu. Mas no seu corção a mágoa, a culpa, e o ódio lhe faziam cativa. E assim, um dia depois de uma guerra entre quilombolas e senhores de engenho. Onde boa parte do povo teve que fugir para o mato e se esconder, dias e dias. Maria Rosa, ficou tuberculosa, e a doença atacou tão rápido seus pulmões, que em dez dias ela veio a falecer, aos 30 anos de idade. E sua sandália e prata com ela foi enterrada, no meio da mata atlântica, na Serra do Mar.


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

2 de Fevereiro Dia de Iemanjá

Bom dia amigos e irmãos de fé!



Nesse dia 2 de fevereiro, os Candombles e algumas casa de Umbanda comemoram o dia da Rainha do Mar, minha Mãe Iemanjá, sicretizada nesse dia como Nossa Senhora dos Navegantes. Nesse periodo acontecem procissões e festejos, por todo o litoral brasileiro.
Iemanjá é um dos Orixás mais cultuados e o mais comemorado aqui no Brasil. É festejada em Dezembro, no final do ano, em 2 de fevereiro e em 15 de agosto, em alguns trreiro de Umbanda (nossa casa, por exemplo), quando Iemanjá é sincretizada, como Nossa Senhora da Gloria, ou dia da Assunção de Nossa Senhora.
Iemanjá é considerada, a mãe de todas as cabeças, na mitologia Yorubá é a mãe de diversos Orixás, como Oxossi, Ogum e Exu.
No Brasil, foi a ela atribuido o reino dos mares, pois segundo a lenda era ela quem protegia os negros escravos vindos da África, nos navios negreiros.
Conhecida também como Janaína, Inaê, Sereia, Rainha do Mar, entre outros. Ela chefia a Linha das Águas na Umbanda.
Iemanjá é a Orixá da harmonia familiar, da criação, regendo a criatividade. Também considerada Orixá da maternidade, Mãe amorosa com seus filhos. Diz-se que é Iemanjá quem segura a cabeça do rescem nascido, na hora do parto.
Dessa Linha, também estão as Orixás: Oxum, Nanã e algumas Iansãs. Apesar que as duas Últimas correspondem a Linha das Almas (com Obaluaê/ Omulú) e da Lei (com Ogum. Somente Iansã). A Linha da Águas representam também todo o Povo das Àguas, como Marinheiros e Marujos, Ondinas e Sereias.
O dia da semana dedicado a Iemanjá é o Sábado. Suas cores são o Azul claro, o branco, o prata e o verde água. Usa-se mais comumente na Umbada o Azul Claro.
Suas oferendas são rosas brancas,palmas brancas, velas azuis ou brancas, manjar branco, arroz doce, perfumes, cidra, espelhos.
Suas frutas são melancia, graviola e uvas brancas
Comidas: Manjar branco, Feijão branco com camarão, pescada assada, muqueca de peixe.arroz doce.
Bebida: Sidra,
Saudação, Odoiá! Odofeabá! Odociaba! Que em tardução livre significa: "Amada Senhora das àguas"
Lembrando que cada casa de Umbanda, tem seu modo de Louvar, os Orixás. Essa é somente uma explanação de como nós da TUJPC o fazemos.

Uma dica: Quando for fazer suas oferendas a Nossa Mãe Iemanjá, tome certos cuidados, em prol do meio ambiente. Afinal, a natureza é o ponto de força dos nossos Pais e Mães Orixás.
Tome cuidado ao ascender velas, certifique-se que não há nada inflamávrl proximo ao locas. Ascenda a vela para Iemanjá em cima de um pedra ou cave um buraco na areia (isso também proteje a vela do vento). Não deixe, garrafas, frascos, pratos, objetos plasticos na praia ou jogados no mar. Despeje o conteudo das garrafas ou frascos de perfumes, nas aguas do mar e jogue os recipientes no lixo.
No caso de comidas, Procure fazer bandejas naturais, com folhas de bananeira. A Própria casa de melancia também serve como recipiente. Os espinhos das rosas devem ser sempre tirados.
Use a imaginação, e faça uma oferenda consciente. Com o menor impacto ambienttal possível. Mãe Iemanjá agradece.

Abraços e muito Axé!



terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Mudanças de horários na TUPJC.

Boa tarde amigos e irmãos de fé.
Venho comunicar-lhes, que o horário de entrada das giras mudou. 
As Giras continuarão tendo seu início as 20 horas, porém, o horário de entrada da assistência / consulentes será até as 20:30 horas. Não será permitida a entrada após esse horário.
Se possível chegar cedo, pois o atendimento será feito por ordem de chegada, exceto pra pessoas com deficiência, idosos, mulheres grávidas (casos especiais, preferênciais).
O motivo da mudança de horário é pelo horário de términio dos trabalhos, para os mesmos não terminarem muito tarde. Respeitando assim os vizinhos e as pessoas que moram longe e dependem de condução.

Agradecemos a colaboração e a compreensão de todos.

A direção.